sexta-feira, 30 de abril de 2010

Removendo Pixel Zero de uma Imagem no Photoshop


Removendo Pixel Zero de uma Imagem no Photoshop

Todos sabemos que as imagens de satélite são formadas por pixels em tons de cinza. Quando você trabalha com imagens em 8 bits, o menor valor do pixel cinza é zero e o maior, 255. Como uma imagem é uma matriz, ela é preenchida com um background valor #0 na área sem dados. Isso não me incomoda nem um pouco. O que incomoda são esses pixels valor zero na área com dados, pois quando você oculta o background surgem buracos na imagem atrapalhando o seu trabalho.

Eu arranco esses pixels valor zero no Photoshop, antes de compor o mosaico de imagens. Trabalho difícil, devo admitir. Hoje em dia não há mais tempo para apertar botão. Assim, deixem-me mostrar como eu arranco os pixels zero na força e na coragem. Quem sabe alguma boa alma desenvolva uma rotina para automatizar essa tarefa, pois confesso que às vezes fico meio louco.

Tutorial longo. Não desanime!


Conheça o autor da técnica

Essa técnica não é minha, mas do Daniel, um amigo Engenheiro Cartógráfo. Daniel chegou à conclusão que, se modificássemos os valores zero em cada banda da imagem, não existiria nenhum pixel zero na composição RGB. Geralmente um imagem em 8 bits possui três bandas. A idéia é selecionar todos os pixels de cada banda e modificar o valor zero para o menor valor próximo, pois assim evitaríamos modificar radicalmente os dados do raster e nunca mais veríamos aquelas crateras ao ocultar o background zero.

Criando uma seleção sobre uma imagem

Essa é a tarefa mais clássica Photoshop. Se você não sabe como selecionar uma imagem, leia este veterano tutorial que ensina como criar um canal alfa através de seleções. Siga este tutorial até o passo número 11 .

Selecionando os pixels zero

Na guia Informações, são mostrados os valores do pixel onde o cursor está posicionado. Na guia Canais são exibidos os canais comas bandas RGB da imagem:


Carregue a seleção da imagem e clique no canal vermelho para selecioná-lo:


Clique no menu Selecionar > Intervalo de Cores:


Mova o controle deslizante para a posição 0 e clique no background #0 com o conta-gotas para capturar essa cor. Em seguida, clique no botão OK:


A seleção será distribuída para vários pontos na imagem:


Com a Ferramenta Zoom (Z), clique e arraste essa ferramenta sobre um grupo de pixels com marcas de seleção. Ao posicionar a ferramenta sobre eles, note os valores da guia Informações: cada vez que o cursor é deslocado para fora da área da seleção, um determinado valor de cinza é exibido:


Para substituir o menor nível de cinza (zero) por outro valor, pressione a tecla D para reiniciar as cores de primeiro plano e cores do plano de fundo:


Clique no quadrado que corresponde à cor de plano de fundo e selecione o valor 1 para os canais RGB:


Clique no menu Imagem > Ajustes > Substituir Cor (clique para ampliar):


Clique uma vez na cor do plano de fundo, valor #1, como mostra a imagem abaixo. Finalize essa janela clicando no botão OK (clique para ampliar):


Pressione a tecla DELETE: o Photoshop irá substituir TODOS os pixels de valor #0 selecionados na imagem. A partir de agora, esses pixels assumem o valor #1. Com qualquer ferramenta de seleção, clique com o botão direito do mouse e escolha a opção Cancelar Seleção para limpar a seleção da imagem.


Para verificar se o programa de fato substituiu todos os pixels da área selecionada, carregue a seleção Sem Título-1 (Selecionar > Carregar Seleção): Ao selecionar a imagem, clique novamente na opção Intervalo de Cores. Clique na área do background #0 para copiar essa cor, depois clique no botão OK. A seguinte mensagem será exibida na sequência:


Parabéns! Essa mensagem significa que não há mais pixels valor #0 na área da seleção. Repita TODO o procedimento para as bandas Verde e Azul. Ao terminar de limpar os zeros em todas as bandas, clique no canal RGB e em seguida clique no menu Arquivo > Salvar Como. Salve essa imagem modificada em outra pasta, mantendo a original intacta. Recomendável manter o mesmo nome do arquivo e o formato TIFF sem compactação. Finalmente chegamos ao fim da tarefa de remoção de pixels valor #0 através do Photoshop.

Para recuperar a referência espacial, copie e cole o arquivo TFW na pasta onde encontra-se a imagem editada. No Próximo tópico vamos mostrar como gerar estatísticas no ERDAS e recuperar as informações espaciais da imagem. Até mais pessoal!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lançamento do MapWindow GIS 4.8 RC1



MapWindow Desktop GIS é um Sistema Aberto de Informações Geográficas desenvolvido para Windows que permite visualizar e editar dados GIS em diversos formatos de arquivo.

O software inclui plugins para várias tarefas de geoprocessamento (buffer, fusão, etc), delimitação de bacias hidrográficas, acesso a fontes de dados online e um experimental Geodatabase Plugin. 

O Editor de Tabela de Atributos pode ser usado para escrever consultas simples, e há um editor de script completo que lhe permite escrever e executar scripts em VB.NET e C # diretamente no programa MapWindow.


Esse SIG é bom, mas há limitações na edição de feições. Como nas versões anteriores, o posicionamento on-the-fly para feições comum no ArcMap e Quantum GIS não está disponível nessa nova versão do MapWindow.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Como gerar um arquivo tfw no ERDAS

Como gerar um arquivo tfw no ERDAS

Arquivos WorldFile são dados que auxiliam no posicionamento espacial de diversos arquivos raster. Eu tenho publicado aqui no blog dicas sobre manipulação e criação de arquivos WorldFile nos mais variados SIG's pois conheço a utilidade desses arquivos complementares.

Ao terminar um processamento numa determinada imagem de satélite, há situações em que é preciso realizar pequenos ajustes em aplicativos gráficos como o Photoshop. O problema é que esses programas não são indicados para trabalhar com dados espaciais e esses mesmos programas reescrevem as informações do header da imagem, levando o arquivo final a perder sua referência espacial.

Considerando que estamos trabalhando com arquivos Geotiff, é possível contornar esse problema se o usuário guardar o arquivo tfw (no caso da imagem tiff) que acompanha o arquivo raster em outra pasta separada para ser restituído após a edição. Ora, e se a imagem original não veio acompanhada do arquivo tfw, como é possível armazená-lo?

Veja como exportar o arquivo tfw no ERDAS através do blog Processamento Digital.

Modificando as Opções do ERDAS

Com o ERDAS aberto, clique no menu Session > Preferences:


Na janela Preference Editor, selecione a opção Tiff Image Files. No campo World File Access, modifique a opção para Write e clique no botão Global Save. A partir de agora a leitura e gravação de arquivos tfw tornou-se disponível no ERDAS.

Gerando o arquivo tfw

Veja como é fácil salvar uma imagem com o acompanhamento do arquivo tfw no ERDAS.

Na Viewer com a imagem, clique no menu Raster > Mosaic Images:


Clique no botão Output. Em seguida, clique no botão simbolizado por um raio. Selecione o local de saída para o arquivo e aguarde o término do processo:


Enfim, uma cópia do arquivo raster será gerada com seu arquivo tfw em companhia dos demais:


A ferramenta Mosaic Tool não teve o seu potencial explorado aqui, apenas serviu como ponte para a criação do arquivo do tipo Worldfile. Agora você pode manipular brilho/contraste, níveis ou curvas no Photoshop, mantendo cuidado de guardar o arquivo tfw e restituí-lo ao terminar com a etapa de edição visual.

Ao carregar o raster novamente no ERDAS, será necessário calcular estatísticas e definir a projeção no arquivo. Existe um programa que permite trabalhar com arquivos Geotiff no Photoshop: Geographic Imager. Não conheço o programa, mas sei das limitações do Photoshop. Assim vou levando a vida e processando minhas imagens de satélite no ERDAS e ENVI até o fim dos séculos.

Petrobrás lança mapa de biodiversidade amazônica na Internet


Interessados em flora e fauna brasileiras vão encontrar, a partir dessa terça-feira (27/4), mais de 100 espécies nativas da Amazônia no site www.petrobras.com.br/biomapas . Essa pesquisa sobre os ecossistemas nos arredores da Província Petrolífera de Urucu – base de produção da Petrobras -, foi realizada pela Companhia, em parceria com alguns centros de pesquisa da região. Depois de ter originado um livro (“Biodiversidade na Província Petrolífera de Urucu”) em 2008, o material foi ampliado pelo Projeto Biomapas e transformado agora em fonte de consulta na Internet. São encontradas curiosidades sobre espécies nativas vegetais como goiaba de anta, caroba, breu, Pará-pará, e animais, como piaba e estalador-do-norte.
A visualização e pesquisa de forma georreferenciada, através do Google Maps (e também do Google Earth), é o principal destaque do site. Vídeos e fotos sobre expedições realizadas nos últimos anos por biólogos, engenheiros florestais e de coletores locais, entre outros especialistas ambientais, estão disponíveis no YouTube, Flickr e Picasa.
Província Petrolífera de Urucu: proteção ao ecossistema
A exploração e produção de petróleo e gás na Província Petrolífera de Urucu, descoberta em 1986, no coração da Amazônia, é um dos melhores exemplos de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Instalada na região desde a sua criação, em 1953, a Petrobras desenvolveu um modelo de produção sofisticado, concebido por técnicos e cientistas de várias áreas, cuja principal preocupação foi garantir a convivência entre a atividade econômica e o meio ambiente. Esse modelo único, idealizado pela empresa no interior da maior floresta do mundo é, hoje, referência internacional.
Conciliar o desenvolvimento da produção de gás e óleo leve de Urucu com a biodiversidade amazônica é o maior desafio da Petrobras na região. Uma das ações mais importantes foi o rearranjo das instalações, com o objetivo de reduzir as áreas ocupadas pela unidade. As áreas desocupadas foram reflorestadas, devolvendo à floresta o máximo de seu ambiente natural. No local, já funciona um viveiro com mais 170 mil mudas de 90 espécies nativas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Primeiro Passos no GRASS 6.4 - Parte 02

Modificando uma Simbologia no GRASS

O GRASS 6.4 possui uma arquitetura similar ao SPRING. Para manipular a simbologia numa camada vetorial, há procedimentos a seguir que são muito conhecidos pela maioria dos usuários de GIS. Também é possível criar uma categoria temática a partir da importação dos arquivos shapefile para o programa.

Para visualizar corretamente os dados na Tabela de Atributos, talvez seja preciso modificar a codificação de caracteres nas opções do software. Vou utilizar como modelo uma feição para representar os municípios do estado do Rio de Janeiro. O ponto fraco da versão 6.4 do GRASS é que o Modo de Edição não está disponível para a versão Windows. Estamos aguardando atualizações dos desenvolvedores para corrigir o desastre da ausência de edição de feições na última versão do aplicativo.

Para manipular dados vetoriais no GRASS, é preciso:

- Criar um Location e um Mapset;
- Definir uma Region (esse passo não é obrigatório);
- Carregar os vetores no GRASS.

Para carregar o arquivo shapefile, clique no menu Arquivo > Importar Mapa Vetorial > Importar Dados Vetoriais usando OGR:

Selecione o diretório de origem do arquivo e insira um nome para a o vetor. Clique no botão Executar(Run). Repita esse procedimento para todas os vetores que serão importados (você pode marcar a opção Adicionar mapa criado à árvore de camadas - Add created map into layer tree - para carregar os vetores na janela Layer Manager).

No exemplo do tutorial eu adicionei duas camadas vetoriais: o estado do Rio de Janeiro e os municípios do Rio de Janeiro. Para alterar a simbologia, clique no botão indicado para acessar as principais funcionalidades da edição vetorial do GRASS. 
Acessando a opção Propriedades, é possível modificar a simbologia e os labels do arquivo shapefile (este passo é bastante intuitivo e dispensa explicações específicas sobre cada guia):
Acessando as configurações do programa, é possível modificar a codificação dos caracteres, a fonte, a cor da seleção e a cor do plano de fundo ( clique na imagem para ampliar):
Abaixo segue meu mapa vetorial do Rio de Janeiro. A cor cinza representa a feição dos municípios e a borda escura o polígono com os limites do estado (clique para ampliar):

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Instalação do Quantum GIS + Plugin GRASS

O blogueiro Luis Carlos Madeira foi o pioneiro na publicação de uma dica que ajudou muitos amigos até aqui: Instalação do QGIS + Plugin GRASS versão Windows através do instalador OSGeo4W.

Para ler o artigo original no site do Luís Carlos Madeira, clique aqui. O tamanho total dos arquivos baixados na versão 1.7 do QGIS pelo OSGeo4W é 187 MB.



Descarregue o instalador OSGeo4W no link abaixo:

http://download.osgeo.org/osgeo4w/osgeo4w-setup.exe

1. Na janela inicial, selecione a opção Advanced Install e clique em Avançar:


Selecione a opção Install from Internetclique em Avançar:


Selecione o diretório de instalação do programa e indique a opção All Users (todos os utilizadores do PC). Novamente pressione o botão Avançar:


Selecione o diretório para onde serão descarregados os pacotes de instalação (você pode copiar os dados baixados e armazenar em disco para instalação posterior através da opção Local Directory). Clique no botão Avançar.


Selecione o tipo de conexão Direct Connection. Em seguida, pressione o botão Avançar:


Na janela Select Packages, vamos selecionar os seguintes pacotes:

Categoria Desktop:
  • GRASS;
  • QGIS (instale a versão mais recente - 1.7.0-2). Veja a imagem abaixo:

Ao selecionar os módulos QGIS e GRASS, outros pacote serão instalados de forma automática. Clique no botão Avançar e aguarde o download e instalação dos arquivos:


Após a conclusão da instalação, execute o QGIS 1.7 com o plugin GRASS (clique na imagem abaixo para ampliá-la):


Barra de Ferramentas GRASS:


Fim do tutorial. Até a próxima!

domingo, 25 de abril de 2010

Primeiro Passos no GRASS 6.4 versão Windows

Gerando uma Composição Colorida RGB no GRASS

Para as pessoas que utilizam o GRASS 6.4 pela primeira vez, estou preparando alguns posts que podem ajudar a entender melhor o programa. Nesse tutorial, o objetivo é gerar uma composição colorida RGB a partir das bandas 742 do satélite LANDSAT-5. Antes de executar a tarefa, é preciso:

Criar um Location e um Mapset
Definir uma Region
Carregar as imagens no GRASS

É preciso acessar um SIG e carregar qualquer banda do satélite para obter os valores do Retângulo Envolvente que serão utilizados posteriormente. Vou utilizar o Quantum GIS pois o mesmo saiu vitorioso na última etapa sobre reprojeção de arquivos shapefile.

Para realizar o download do GRASS 6.4 versão Windows, clique nesse link.

Criando um Location e um Mapset


Com o GRASS aberto, clique no botão Location Wizard para utilizar o Assistente de Criação de Location:
Selecione um nome para o novo Location e clique no botão Next:
As imagens utilizadas no tutorial estão ajustadas no Sistema de Coordenadas Geográficas WGS 1984. Vou utilizar a segunda opção para atribuir o código EPSG 4326 (elipsóide WGS 1984) ao novo Location:
Digite o código 4326 e clique no botão Next:
Clique no botão Finish para finalizar a etapa de criação de um novo Location:

Uma janela irá sugerir a criação da Região padrão do projeto. Clique no botão SIM para confirmar:

Definindo os limites do Retângulo Envolvente


No QGIS, carregue uma das faixas do satélite Landsat-5 e anote os valores das coordenadas Norte, Sul, Leste e Oeste (clique na imagem para ampliar):
De volta ao GRASS, insira os valores nos campos correspondentes. No campo Resolution, defina a resolução espacial do retângulo envolvente. Ao trabalhar com raster em coordenadas geográficas, é preciso definir o tamanho do pixel em graus. Para imagens Landsat-5 (30 metros), o valor é 0.00027. Se fossem dados SRTM (90 metros), o valor seria 0.0008333 (clique para ampliar):
Ao clicar no botão Set Region, os limites do retângulo envolvente serão criados. Crie um mapset Landsat5RGB e inicie o programa clicando no botão Start GRASS.

Importando imagens TIFF para o GRASS


Na janela principal, clique no menu File > Import Raster Map > Import Raster Data Using GDAL:
Selecione o diretório de origem do arquivo. Insira um nome para a faixa e clique no botão Run. Repita esse procedimento para todas as bandas do satélite.
De volta à janela Layer Manager, clique no botão Add Raster Map Layer:
Adicione todos os arquivos na janela Layer Manager. Agora podemos executar a composição colorida RGB:

Gerando uma Composição Colorida RGB no GRASS


Na janela Layer Manager, clique no menu Raster > Manage Colors > Create RGB:
Na guia Required, além do nome de saída, cada imagem deve ser definida no seu canal específico. Clique no botão Run e aguarde o término do processo (você pode marcar a opção Add created map into layer tree para carregar o raster na janela Layer Manager):
Na janela Map Display, clique no "olho" para verificar o resultado da composição RGB:

Exportando a imagem RGB para o formato Geotiff


Clique no menu File > Export Raster Map > Tiff Export:
Na guia Required, insira um nome de saída. Na guia Optional, marque a caixa de seleção Output Tiff World File para salvar o arquivo tfw correspondente. Clique no botão Run e aguarde o processo terminar:
Missão cumprida! Agora você pode trabalhar com sua imagem no SIG de sua preferência. Foi uma boa estréia de tutorial para o GRASS Windows aqui no blog, não concorda?

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